Ainda muito jovem, Ana Clara Serpa já gostava muito de humanidades, principalmente História. Quando perguntavam o que iria ser quando crescesse, a resposta sempre apontava para isso, mas também dizia: “Penso em ser astrônoma, meteorologista ou historiadora.
Filha de uma professora, Giuliana, e Ivan, operador de produção, Ana Serpa sempre foi orgulho da família, tirava ótimas notas nas escolas públicas anteriores e se destacava academicamente. “Iniciei meus estudos aos quatro anos de idade, em 2008, na E.M.E.I. José Antero Cursino. Em 2010, ingressei na E.M.E.F. Mercedes Carnevalli Klein. Durante o período em que permaneci nessa escola sempre obtive notas boas e tive a oportunidade de participar de experiências diversas como teatros na sala de leitura e debates.”
Ela comenta que sempre quis ingressar no Instituto Alpha Lumen. “O Instituto Alpha Lumen. é um projeto onde todos são unidos e aceitos, fato que dá forças para continuar acreditando nos meus sonhos e na minha capacitação.
Depois de ter passado três anos na Alpha, Ana Serpa percebeu que houve uma grande transformação na maneira de pensar. “O projeto escola conta com uma dinâmica muito interessante, na qual existe um diálogo muito forte entre estudantes e docentes. É uma metodologia bastante freireana: o aluno passa a ser um agente ativo na sala de aula, construindo e debatendo ideias com o professor e os demais colegas. Assim, os aprendizes se tornam cidadãos conscientes e críticos na sociedade – o que é muito importante. Sinto que essa foi a maior transformação que ocorreu em mim. Antes, eu enxergava o mundo e o outro com um olhar muito mais limitado. Após minha trajetória pelo IAL, sinto que meus horizontes se expandiram e passei a ter um olhar muito mais amplo e diverso.”
Leitora assídua, Ana comenta que adora ler o tempo todo. Entre os seus livros preferidos no na ocasião do Processo Seletivo do Clube dos Sonhos estavam “Extraordinário de R.J Palacio, a série de livros “Minha vida fora de série” da escritora Paula Pimenta, “O cachorrinho Samba” de Maria José Dupré”
Depois disso, conta que o gosto literário mudou nos últimos anos: “Eu desenvolvi um senso crítico que não possuía antes. Na minha pré-adolescência, se o livro me entretia, eu já o qualificava como ótimo. Nessa fase da minha vida, Paula Pimenta foi uma das primeiras autoras com que tive contato. Ela escrevia muitas histórias e todas elas me entretiam, por isso a considerava como uma das minhas autoras favoritas.”
Ana reconhece que ela (Paula Pimenta) foi importante para despertar o interesse pela leitura, mas não é mais um tipo de escrita com a qual se identifica. “Hoje, na minha memória afetiva, outras obras são mais relevantes, como a trilogia “Jogos Vorazes” e “Holocausto Brasileiro” – o primeiro livro que li, no segundo ano do Ensino Médio, depois de ter decidido cursar História, embora tenha sido escrito por uma jornalista, não por uma historiadora (sempre importante destacar esse ponto)”
Na universidade, diz que está entrando em contato com obras completamente diferentes. Recentemente, leu “Apologia da História”, de Marc Bloch, e foi um tipo de literatura inédito para ela. “Acredito que, a partir de agora, isso será uma tendência – o que, com certeza, ampliará em muito minha bagagem cultural.”
Em 2019, durante o II MUNDIAL – simulação das nações unidas realizado pelo Instituto Alpha Lumen, Ana Clara Serpa integrou a imprensa representando o jornal “El País” na ocasião o jornal cobriu os embates Brasil e Noruega na sessão do CDH Conselho dos Direitos Humanos.
Apaixonada pela ONHB, Ana Serpa juntamente com sua equipe foi medalha de prata em 2020. Ela conta que quando entrou no Projeto Escola Alpha Lumen queria muito fazer uma olimpíada científica e quando soube da existência da Olimpíada Nacional em História do Brasil se animou. “fiquei bastante interessada e constituí uma equipe, a “E se…”, com outros dois aprendizes da minha série, o Davi Bettiol e a Helena Sanches”.
Ana destaca a importância dos professores que colaboraram para os estudos, tanto o professor Diego Garcia, quanto o professor Rafael que já tinham uma grande experiência e explicaram o funcionamento da ONHB. “Fiquei sabendo que nunca alguém do projeto escola havia ido para a final. Foi então que decidi que minha equipe seria a primeira. O formato de prova da ONHB me surpreendeu muito: as questões envolviam a análise e a interpretação de fontes históricas, o que me permitiu experimentar o ofício do historiador. É, com certeza, um trabalho árduo, que exige muita dedicação.”
Na primeira tentativa, apesar do esforço, sua equipe e nenhuma outra do Projeto Escola conseguiu avançar para a quinta fase. “Isso me deixou bastante frustrada, contudo serviu como um incentivo para que eu me preparasse mais para a próxima edição.”
Ana Serpa conta que entrou em contato com alunos de outras escolas que já haviam sido finalistas e pediu orientações, fez provas antigas como se fosse um treino e neste processo todo foi alimentando o gosto pelo curso de História até decidir que seria o curso escolhido na graduação. “Em 2020, quando a 12ª edição começou, eu já havia concretizado essa ideia. Eu e minha equipe nos dedicamos muito, bem mais do que no ano anterior. Deixei de subestimar as fases iniciais e passei a tratar cada uma delas como se fosse a final. Isso foi muito importante. Quando vimos que tínhamos avançado para a quinta fase, nos doamos de corpo e alma à elaboração do texto proposto.”
A recompensa de tanto esforço veio, o time foi finalista e conquistou a medalha de prata, inédita para a instituição. “Foi uma sensação única e inexplicável. Em 2021, na 13ª edição, também nos dedicamos e conquistamos o bronze. A ONHB foi, sem dúvidas, uma das melhores experiências do meu Ensino Médio.”
Ana Clara Serpa comenta sobre a nova experiência de residir em outra cidade. “Estou morando em Campinas há apenas um mês, mas já aprendi muito. A UNICAMP é gigante. Existem inúmeras bibliotecas, que, além de funcionarem como um espaço de estudos, permitem aos estudantes entrar em contato com uma gama muito diversa de livros, artigos, revistas e muito mais! Já conheci as bibliotecas do IFCH, da FE, do IA, do IFGW e a do IEL. Os professores são muito conceituados e tenho gostado das aulas, principalmente as da disciplina de História Antiga e Laboratório de História. Ainda estou me adaptando aos estilos de aula e à rotina de leituras obrigatórias, mas acredito que isso seja uma questão de tempo. Em geral, tem sido uma experiência muito nova e desafiadora, mas também surpreendente.”